Do Iphone ao Pen Drive, a China copia tudo e domina a fabricação de Gadgets do mundo.
Com todas a mais diversas cores e formatos, os smartphones Shanzhai (termo que significa "Fortaleza na Montanha"), invadiram o Brasil. Trazendo como principais características a possibilidade do uso de dois Chips e a sintonia de TV, os brinquedinhos caíram no gosto da população por apresentar um caminho mais acessível financeiramente para a realização do desejo de ser dono de um destes "sonhos de consumo".
A Função Dual-Sim, que permite o uso de dois números de celular ao mesmo tempo, ainda é pouco vista nos aparelhos originais vendidos aqui no Brasil, já nos aparelhos estrangeiro atualmente já está disponível a possibilidade do uso de até 4 chips simultaneamente.(ver imagens abaixo).
A opção de TV é um pouco mais tosca. Usando sempre uma antena no estilo radinho de pilha, o sinal captado na grande maioria dos aparelhos é analógico e raramente mostra imagens sem chiados e chuviscos. Em alguns modelos mais atuais já esta disponível a sintonia digital, que apesar de não funcionar 100% vem tentando trazer um pouco mais de alegria para seus seguidores fieis.
A Clonagem chega aos Celulares.
Além do Iphone, todos os aparelhos mais populares das grandes empresas como Nokia, Motorola, Sony Ericsson, Samsung e assim por diante, ganharam suas versões cover, com funções que muitas das vezes não existem nem nas versões originais.
Outra característica cada vez mais presente é o uso do acelerômetro, que da ao aparelho a possibilidade de trocar de música, foto ou até mesmo de canal de TV ou Radio com uma chacoalhada para um lado ou para o outro. O problema é que este remelexo não dura muito. Com acabamento frágil, os gadgets tem data de validade muito curta e funções que só aparecem escritas nas embalagens.
O visual dos aparelhos engana bem, mas é comum esbarrar com exemplos como o aparelho "Vaic" que promete câmera de 8MP e só faz fotos de no máximo 640 por 480 pixels, como uma Webcam fuleira. Nos "Hiphones" a tampa traseira indica 16GB, quando na verdade o aparelho traz só um cartão MicroSD de 1GB. Sem falar dos carregadores, cabos USB e Fones de ouvido que dão problemas logo na primeira semana de uso.
Veja abaixo alguns dos modelos mais populares clonados lado a lado com o seu Original.
Iphone 3Gs
Na esquerda o Original Iphone e na direita o Hiphone com sua cor mais opaca, sua tela menor e com menos
resolução.
Iphone 4
Na esquerda o novo Iphone 4 e na direita o Hiphone 4G com sua tela com menos brilho e muito menos resolução. Percebemos a diferença também no posicionamento dos botões laterais. Cinceramente a pior das falsificações.
Nokia N97
Na esquerda o Nckia N97 mini e a direita o original Nokia N97 mini.
Um Comércio Camuflado.
Que os produtos chineses cairam no gosto popular, não podemos negar.
O Domínio da China na fabricação de eletrônicos Fake ou não, tem entre uma das suas origens o próprio investimento público. Segundo a Revista INFO(ed. junho de 2009 pág.32) "... o governo injeta mais de um trilhão de dólares por ano em pesquisas e desenvolvimentos nas áreas de telecomunicação, computadores e eletrônicos". Não é por acaso que as maiores marcas do mundo tenham concentrado suas fábricas na Ásia. E menos ainda que os produtos mais brilhantes destas multinacionais tenham ganhado versões clonadas lá mesmo. Segundo a revista INFO, modelos de marcas como Hiphone, Nckia, Sumsung, Vaic, dentre outros correspondem a cerca de 40% do mercado chinês.
É grande a tentação de comprar um Smartphone por menos de R$ 300,00 mesmo sabendo que ele pode parar de funcionar dois dias depois. O mesmo raciocínio vale para navegadores GPS, MP3 player (ou MP4 ou 5...ou até mesmo MP50) e outros aparelhos que em quesito preço dificilmente encontram rivais nos catálogos do grandes fabricantes. Até mesmo em lojas como Americanas e Shoptime, que trabalham com e-comerce, os players ocupam lugar de mais vendidos entre os produtos eletrônicos da categoria.
O resultado de um bom investimento publico e a total falta de fiscalização de qualidade dos aparelhos resulta na grande massa de produção a curto custo.
Solução para a baixa qualidade
Com a questão de os produtos chineses acabarem ganhando fama de produtos "descartaveis", os grande empresários se viram em situação de buscar nova forma de continuar vendendo seus produtos para aqueles fieis clientes que estava se tornando desinteressados em produtos tão fracos. A solução para isto foi criar varias marcas e nos mais variados nomes para lançar no mercado a fora. Criando-se um mesmo produto e lançado-o com varias marcas diferentes, estes empresários estariam tendo mais chances de vender seus produtos sem perder sua credibilidade. Como isto seria? É o seguinte, veja o exemplo a seguir:
Digamos que um determinado cliente foi até uma feira e comprou um MP4 da marca Vaic, este aparelho depois de alguns meses derrepente parou de funcionar, este cliente volta a feira e compra um outro MP4 de uma outra marca, por exemplo da marca Powerpack. Este aparelho ja não da nenhum problema. Este cliente então fica satisfeito e até esquece que o outro aparelho havia dado problema, e chega a conclusão que não irá comprar mais produtos da marca Vaic pois para ele esta marca é sinônimo de problema. Mal sabe ele que Vaic e Powerpack são duas marcas produzidas pela mesma empresa. Assim também existem dezenas de marcas produzidas por uma mesma empresa.
Devido a isto é bastante comum você comprar um aparelho de uma Marca e no dia seguinte ver seu amigo com um aparelho de outra marca que tem o mesmo Software do seu. O que ocorre é que estas empresas utilizam o mesmo software para os produtos mudando apenas a parte externa dos aparelhos.
As Damas do Shanzhai
Grande parte das Fábricas de Shenzhen é movida pela força feminina como mostra a foto acima. São jovens que migram de cidades rurais do interior da China em busca de trabalho. Outra prática comum no país é montar alojamentos precários nas próprias fábricas para que os funcionários economizem com gastos como aluguel e alimentação.
Esta matéria foi retirada da revista INFO do mês de Junho/2009. Publicada sem quaisquer fins lucrativos, em caráter meramente informativo. Baseando-se em uma fonte disponível gratuitamente na internet pelo site: http://issuu.com/revistainfo/docs/jun2009 . Sendo assim não violamos quaisquer direito autoral.